Sobre desenvolver hábitos de leitura

Ou: ainda há vida nas redes sociais

Em primeiro lugar, esse é um blog de literatura. Por isso, serei sempre a favor de toda e qualquer iniciativa, atitude ou discurso que possa incentivar o aumento dos hábitos de leitura.

Dito isso, adoro gente que entende que ler não é só um hobby. Não é só uma etapa para a diversão, apesar de ser esse o princípio básico para buscar a leitura.

Desenvolver hábitos de leitura é mais que isso. É aprender, no sentido real de adquirir conhecimento, e, principalmente, ler é estocar, por vias legítimas, o repertório para o entendimento.

Qualquer entendimento, em qualquer leitura.

Por outro lado, não criar hábitos de leitura é jogar fora a chance de melhorar não só como pessoa, no íntimo de cada um, mas também como agente social. Geralmente, quem tem opiniões bem fundamentadas tem mais argumentos para participar de conversas que podem mudar vidas.

Acredite: só quem lê muito pode se dar ao luxo de dizer que consegue construir esses argumentos. E não sou só eu que digo isso: os maiores escritores de todos os tempos também te falarão a mesma coisa.

(Não que eu esteja entre eles; você entendeu ;p )

Inspiração para melhorar os hábitos de leitura

Gosto muito de me relacionar com quem lê e nos inspira a melhorar os hábitos de leitura. A regra é clara: nessa pessoa, conseguirei encontrar alento, compreensão e conversa, em doses mais aconchegantes do que consigo com pessoas que não leem.

Dia desses, passando pelo Facebook, encontrei o relato da Vivi, professora de publicidade que faz posts atraentes sobre qualquer assunto. Em outras palavras, ela consegue ser sua própria alma do negócio. 😉

E é por causa de posts como os dela que ainda não larguei minhas redes sociais pessoais. Toda vez em entro no mundo digital, procuro por essas migalhas de pão que, jogadas pelo caminho, mostram onde mora a sanidade mental na era da informação.

Pedi autorização a ela para colocar aqui seu desabafo e espero que ele te atinja tão intensamente quanto me atingiu. É uma verdadeira inspiração para nos fazer repensar não só os benefícios, mas, também, a necessidade de incluir a leitura na nossa rotina diária.

Se você também tem esse tipo de post nas suas redes sociais, por favor, me peça amizade! É esse tipo de companhia sincera que ando buscando nessa vida e continuarei perseguindo em todas as próximas.

Se alguém te perguntar quantos livros você leu…

(Por Viviane Loyola, professora universitária)

Se alguém te perguntar quantos livros você leu no último ano e você tiver que responder “nenhum”… não coloque um sorrisão no rosto.  

Responda com um pouco de cautela, de vergonha, de tristeza. Não deboche nem comemore não ter lido nenhum livro. 

Ler é uma forma de se interessar pela vida. Não é a mesma coisa que não gostar de sorvete de morango. Não ler não é a mesma coisa de não gostar de funk. Não é um gosto como outro qualquer, não é uma farra.

Não ter hábitos de leitura é não prestigiar artistas tantas vezes talentosos que vão ter que vender brownie para sobreviver porque não se vive de escrever nesse país.

É conhecer menos a língua, e não exercitar a capacidade de parar, se concentrar, imaginar tantas coisas sem sair do lugar.

Não ler é péssimo.

Você pode substituir um livro por uma música, um vlog, por um filme? Talvez uma série da Netflix, ou outras formas de conhecimento?

Sim. Há inúmeras outras formas de se conhecer o mundo.

Mas, ainda assim, eu olharia encabulada para o chão se tivesse que responder: “eu não li nenhum livro”.

Porque se posso ler, se aprendi a ler, se um livro passa por mim, eu pego e leio e amo e odeio. E, depois de tudo, ainda escrevo, porque quem muito lê faz da escrita sua caminhada.

E aí, qual é o veredito?

Com as palavras da Vivi, te pergunto: quantos livros você leu no último ano? E qual deles mais impactou sua jornada? Concluindo, em que pé estão, afinal, seus hábitos de leitura?

Já te respondo que li 35 e o que mais mudou meu modo de pensar o que faço e me mostrou a luz foi Sobre a Escrita, de Stephen King. Em 2017 foi O Mágico de Oz. E, em 2009, foi Melancia.

Pra finalizar, fica o convite: volte ao Literama sempre que precisar se sentir abraçado por quem ama literatura! Tenho muito a conversar com você sobre livros. E, se você também tem muita coisa pra falar, toca aí o/. Prometo que não vou te deixar falando sozinho/a. 😉

Antes de sair…

Segue a gente no Instagram! Por lá eu falo sobre livros de forma descontraída e, às vezes, absurdamente visceral. ;p

Se quer começar a desenvolver seus hábitos de leitura com o meu romance, será uma honra! É só clicar aqui para ler Teoria do Amor gratuitamente.

(Não tem conta no Wattpad? Clique aqui para aprender como fazer uma. É super simples!)

2 Comentários
  1. avatar image
    Vania E S Abreu at 4 de janeiro de 2019 Responder

    Tem um mal quando pego um bom livro: me torno antissocial. Näo quero nem atender telefone? Não quero que ninguém me tire do meu mundo imaginário.

    1. avatar image
      Lais Menini at 5 de janeiro de 2019 Responder

      I feel you, sister! Sou do mesmo jeito. Tem hora que a vontade é ter uma brusinha escrita: “me esquece até eu terminar de ler”.

Deixe um comentário

Assine a newsletter!

Deixe seu e-mail e você receberá o Literama em sua caixa de entrada!