Me emocionei lendo Me Poupe!, da Nathalia Arcuri

Tem no texto: análise, dicas, link de compra. Não-ficção não tem spoiler. ;p

“Me Poupe!” é uma expressão que a gente fala muito, mas que nem sempre utiliza… Por exemplo: sabe aquela pessoa que não se preocupa com finanças, que está aí pra gastar até o talo sem ligar para o dia de amanhã?

Esse cara sou eu.

Ou melhor, era, até a vida adulta bater de frente comigo e me mostrar que precisava me planejar financeiramente para o que estava por vir.

Abrir a própria empresa, bancar um casamento, pensar em filhos… tudo isso virou plano de voo e, para conquistar cada etapa, eu não podia continuar não tendo dinheiro.

Em 2017, depois de passar por um período empresarial bem conturbado (conto com detalhes nesse texto), achei, folheando revista, uma matéria sobre a moça que conseguiu seu primeiro milhão sem já ter nascido rica ou recebido uma herança polpuda.

Curti a história e comecei a seguir a moça em seu canal de YouTube. O nome dela é Nathalia Arcuri e seu propósito de vida é “desfuder a nação”. Pelo menos comigo deu certo: comecei a poupar, cuidar melhor do meu dinheiro e entender termos que, antes, me davam até calafrios, como Selic, IPCA e CDB.

Falando assim, meu título fica pouco crível. Como se emocionar com tanta economia envolvida?

É porque a gente vê, nas páginas do Me Poupe!, que a história toda da Nathalia é muito boa, inspiradora. Vem de uma série de “nãos” que mudaram sua vida para melhor.

O poder do “não” na saúde do bolso

Puxando pela memória, conseguimos citar várias situações em que o “não” acabou virando uma tragédia, como fim de namoro ou a vaga de emprego que não foi sua. Nos esquecemos, contudo, e com maior frequência do que deveríamos, que essa palavra tão pequena tem o poder de abrir caminhos.

O livro Me Poupe! começou a encher meus olhos ainda na dedicatória, quando ela agradece ao marido por “me fazer enxergar que dependia só de mim”.

Quem tem sonhos grandes, geralmente, pode reproduzir com tranquilidade o discurso de que nem sempre é possível ter apoio de quem amamos. Mesmo nos círculos de maior afeto, existem mais pessimistas do que apoiadores – principalmente nesse estilo de “vai lá e faz, só depende de você”.

Stephen King diz em seu livro Sobre a escrita:

“Sempre que vejo um primeiro romance dedicado à mulher (ou ao marido), sorrio e penso: ‘aí está alguém que sabe’. Escrever é um trabalho solitário. Ter alguém que acredita em você faz muita diferença. Eles não precisam fazer discursos motivacionais. Basta acreditar”.

Por isso a dedicatória da Nath me comoveu. E, se não causa o mesmo em você, sinto te informar que seu coração é de pedra. ;p

Me Poupe!: muito além da economia

Quem consome com atenção as dicas do Me Poupe! consegue elucidar várias dúvidas sobre economia e, de fato, fazer o dinheiro render.

(Aqui cabe um parêntese: a pessoa que consegue seu primeiro milhão poupando e se dispõe a ensinar os demais a fazer isso com embasamento social-científico já passou há muito do nível de “guru motivacional” para “eu sei muito bem do que estou falando”.

Deixar seus insights passar em branco é uma grande burrice.)

Mas, mais uma vez, não foi só a linguagem, extremamente lúdica e simples, nem o conteúdo econômico que me deixaram de queixo caído.

O que me inspirou na leitura de Me Poupe! foi a trajetória da Nath, uma verdadeira jornada do herói.

Ela inclui:

  • chefe escroto;
  • perplexidade frente a situações comuns aos brasileiros e brasileiras (além da evidente falta de direcionamento financeiro desde a infância, a jornalista viu de perto mulheres que não saíam de relacionamentos abusivos por dependerem financeiramente do marido);
  • conquistas pessoais, como o primeiro apartamento;
  • obstáculos pessoais, como o divórcio, que quase a fez abrir mão do apartamento que tinha montado.

No finzinho do Me Poupe!, exatamente na última página, ela fala uma coisa da qual nunca vou me esquecer. É uma frase curta, no fim do penúltimo parágrafo, mas não vou dar spoiler.

Essa frase bateu fundo e me fez refletir sobre metas, objetivos, tudo o que o dinheiro pode comprar. Aliás, me ajudou a entender que ele realmente não traz felicidade, mas promove a possibilidade de nos organizarmos para alcançá-la.

Afinal, a vida é feita de pequenas vitórias, e boa parte delas é movida pelo dinheiro.

Um livro para te inspirar a fazer

A cereja do bolo é que, motivada pelos dez passos que o conteúdo destrincha, tirei do papel esse site Literama. 🙂

Por isso elegi a obra como meu primeiro review: Nathalia Arcuri me inspirou a focar, criar oportunidades, lidar com negações e críticas e seguir em frente.

Com sorte, no caminho, conseguirei uns bons trocados.

Nath, se um dia esse texto chegar até você, obrigada pelo empurrãozinho que me deu, mesmo sem me conhecer, não só a esse projeto mas, também, a tantos outros.

Obrigada pelo seu tão dedicado trabalho para desfuder a nação. Estávamos mesmo precisando.

Razões para ler Me Poupe!

Não vou entregar o ouro e contar o que tem no livro, porque a simples experiência da leitura já pode mudar sua vida. O que posso (e vou) fazer é te dar cinco motivos para não atrasar mais essa leitura.

Sugestão: troque agora os próximos cinco refrigerantes da sua vida por essa verdadeira obra de arte em 175 páginas.

#1 Leitura fácil

canal da Nath no YouTube criou uma categoria chamada “entretenimento financeiro”. Basta ver uns três vídeos para entender a razão: a linguagem adotada por ela é divertida e fácil.

No livro, assim como nas redes sociais, Nath fala de todas as nomenclaturas bancárias possíveis e milhões de outros dramas em forma de siglas sem que o assunto pareça chato ou inatingível. Na minha modesta opinião, é como se sentar com uma candidata ao posto de presidente do Banco Central e entender absolutamente tudo o que ela fala.

Nathalia Arcuri resenha me poupe

#2 Aprendizado prático e imediato

O livro é tão gostoso que você consegue consumir todo seu conteúdo em uma sentada. E a melhor parte é que não é preciso esperar dias, meses ou anos para colocar em prática as dicas da Nath para enriquecer licitamente.

Todos – sim, todos – os 10 passos que ela cita podem ser aplicados a qualquer momento da sua vida, mesmo, e inclusive, se você estiver endividado. Afinal, nada melhor do que colocar a casa em ordem para começar a poupar, e até isso ela ensina.

#3 Conteúdo de propósito

Afinal, por que você trabalha? Por que se submete a fazer o que faz todo dia? O salário, no quinto dia útil, não pode ser a única resposta, porque o que vem acima dele é o propósito pelo qual você faz tudo isso. E espera, claro, ser remunerado de acordo.

O propósito da Nath, por exemplo, é desfuder o Brasil. Em várias passagens (emocionantes) ela conta sobre como esse propósito foi alimentado e virou seu trabalho, e principal fonte de renda, hoje.

Enquanto lia Me Poupe, fui constantemente lembrada, pela autora, sobre meus próprios propósitos de vida e valores pessoais. Isso vai muito além das dicas para ter (mais) dinheiro e potencializar realizações.

Quer ler Me Poupe?

Quando terminar a leitura, pode vir conversar comigo: finanças e literatura são assuntos dos quais aprendi a nunca esgotar. Vamos enriquecer e mostrar esses sovacos pra vida – porque ela tem tudo pra ser, e será, uma grande festa.

Ah, que festa! 

Dica: para ver frases e outros conteúdos relacionados a esse e outros livros, segue a gente no Insta @literamaoficial! Clica aí ó > Insta do Lite.

8 Comentários
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    Danielle Rioga at 2 de janeiro de 2019 Responder

    Obrigada pela dica! Acho que toda mulher moderna se identifica com esse relato. Caiu como uma luva para o momento que estou vivendo!

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      Lais Menini at 3 de janeiro de 2019 Responder

      Que bom, Dani! Por falar em mulheres modernas, precisamos fazer um encontro das divergentes.

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    Iara at 3 de janeiro de 2019 Responder

    Lila , assino embaixo…a leitura do livro dela fez o mesmo por mim.E posso dizer,com alegria,que estou a poucos mil reais,de realizar a mesma façanha dela… 😉 Parabéns por sua determinação… bjão!

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      Lais Menini at 3 de janeiro de 2019 Responder

      Que sonho! Eu estou a muitos milhares de conseguir, mas um dia a gente chega lá. 😉

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    Jordânia Souza at 4 de janeiro de 2019 Responder

    O que mais gosto da Nathália e que ficou muito presente no livro é a ideia de que o dinheiro realmente não compra felicidade, mas é o combustível necessário para alcançar sonhos e metas das quais o nosso sucesso pessoal dependem. Ela ensina, principalmente, a não juntar dinheiro por juntar, mas a ter propósitos, a valorizar as conqusitas e não ser refém de “comprinhas” que não agregam.
    Eu também me emocionei, principalmente no trecho onde ela consegue comprar o apartamento e tem o poder de escolha nas mãos. Esse poder que muitas mulheres nao têm. O quanto isso é mais que economia, é libertador mesmo.

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      Lais Menini at 4 de janeiro de 2019 Responder

      Jordânia, penso a mesma coisa. E o mais engraçado é que quando a gente junta por juntar, de repente o dinheiro some sem explicação! Gastamos tudo. Com objetivos, ocorre o contrário: a gente aprende até a tirar dinheiro de onde, antes, não víamos nenhuma oportunidade. Graças à Nath consegui essa consciência financeira que é tão importante!

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