Quem salvará o mercado livreiro?

Quando fui mochilar pela Europa, em 2011, estava de rolinho com o Danilo e queria trazer presentes significativos. Ele é ilustrador, ama livros e revistas em quadrinhos, então já sabia o que fazer: em cada país que fosse, entraria em pelo menos uma livraria e compraria algo “nativo” para ele.

Falhei miseravelmente em anotar os nomes de todos os lugares em que estive no objetivo de cumprir a meta, mas entrei em lojas minúsculas em Dublin, Amsterdam, Florença, e em gigantescas em Paris, Roma e Londres. Em algumas pequenas, a pessoa que vendia a HQ era a mesma pessoa que a produziu, o que rendia também um autógrafo.

Uma das experiências que mais me marcou nessa aventura foi numa das lojas grandes, em Paris.

Ela vendia multicoisas, mas a sessão livreira era peculiar. Similar, no design, a espaços como a Livraria Cultura, em São Paulo, ou a rede Leitura, que conheço em Minas, ela tinha algo que me chamou a atenção: a maior parte dos livros tinha um post-it grudado na capa.

Todos eram dicas ou confissões dos vendedores da loja sobre aquela obra.

Perguntei a alguém no recinto – e com incredulidade – se eles podiam ler os livros, e a pessoa disse que sim: podiam levar para casa, ler e devolver para a loja. Os livros “usados” ficavam nas estantes, como em um sebo, enquanto os zero quilômetro se dispunham nas mesas principais.

Não me lembro se a pessoa com quem conversei tão brevemente era homem ou mulher, mas me recordo de uma frase bem específica:

– Não somos obrigados a escrever nenhuma das dicas, fazemos isso quando gostamos muito do livro.

Eram muitos livros com post-it, cada qual com uma letra diferente. A pessoa lia o recado na capa da obra, retirava a que estava abaixo ou, simplesmente, passava o post-it para o segundo livro da fila. Assim, as dicas nunca se perdiam, podendo gerar interesse de compra em inúmeras pessoas em um mesmo dia.

Guardei essa ideia para mim, para o dia em que tivesse meu café-livraria dos sonhos; mas, vendo o mercado livreiro definhar e minha chance de conseguir sustentar – financeiramente – esse sonho passar de “daqui a cinco anos” para “daqui a 15 anos ou mais”, não vale mais a pena manter o mistério.

Ainda mais depois que, em uma grande livraria de um grande shopping de BH, puxei assunto com a caixa que passava minha compra, fazendo exatamente a mesma pergunta que fiz anos antes, em outro continente: eles podiam ler tudo o que quisessem no horário de trabalho, enquanto não tinha ninguém? Ela me disse que acha que existe um desconto de funcionário, mas não saberia dizer porque ela não gosta de ler.

Minha reação imediata foi dizer:

– Pois eu, no seu lugar, precisaria ter dois empregos. O da livraria e outro, que me pagasse um salário para usar com outras coisas, porque trocaria todo o meu ganho da livraria em consumação.

O episódio me fez pensar que talvez seja por isso que o mercado livreiro não vai tão bem das pernas. Enquanto em alguns modelos de negócio os funcionários são incentivados a levar livros para casa e a deixar bilhetinhos para os compradores, outros apostam em trazer para dentro de casa gente que não gosta de livros.

Não sei até que ponto sou injusta nessa colocação, pois tem muita gente precisando de emprego e não dá pra colocar os meus interesses como leitora acima da necessidade de quem vive para colocar o pão na mesa. Por outro lado, não tem cabimento pedir emprego onde não há como se divertir – ou, pelo menos, advogar a favor. Jamais trabalharia para uma indústria de cigarros, por exemplo, porque não gosto de cigarros e não acredito nesse produto.

É algo como: fazendo comunicação, a Laís poderia até ser uma ótima funcionária na Souza Cruz, mas seria uma péssima propaganda para a marca.

Portanto, começam aí minhas insolentes suposições de quem salvará o mercado livreiro: em primeiro lugar, a própria livraria, contratando gente que ame livros, que leia os livros, que dê dicas sobre os livros e que, ao mesmo tempo, dê ao comprador espaço para apreciar os produtos por conta própria.

Inclusive, livrarias de BH, estou livre aos sábados, se precisarem cobrir alguma falta. 😉

Um ambiente acolhedor para o mercado livreiro

Além das pessoas, que são os ativos mais importantes do comércio varejista (quem não saiu fulo de uma loja depois de ser maltratado por um vendedor que atire a primeira nota de cem no CNPJ), o ambiente também faz toda a diferença.

É aí que mora meu sonho.

Eu amo café.

Amo comer coisas de confeitaria.

Amo comer comidas de conforto.

Amo livros.

Se um dia tiver capital para montar um comércio, será justamente isso aí: um lugar em que as pessoas vão para comer e ler, ou ler e comer, com mesas confortáveis, sofás, pufes, iluminação intimista, porém na medida certa para não forçar os olhos na leitura. Qualquer coisa que ande nesse sentido é meu sonho de livraria, e acho que poderia ser o sonho de mais gente (se estiver errada, me reprima nos comentários).

Acho que minha iniciativa daria certo porque amo tudo isso que iria comercializar na lojinha. Teria que pagar contas, é claro, mas não sei se o foco principal seria o dinheiro. Na minha fantasia empreendedora, o foco é alguém – eu – comendo bem, lendo coisas interessantes, tendo insights criativos e voltando energizada para casa.

No Brasil, custo a ver esse tipo de ambiente. As grandes livrarias são, obviamente, muito comerciais, querem compradores entrando e saindo e criaram espaços designados para essa movimentação.

A FNAC, que largou o Brasil, tinha em BH o mesmo design que da unidade que visitei em Paris, naquele mochilão do início do texto. Salvas as devidas proporções de tamanho – a de Paris era gigantesca –, a diferença é que, aqui, eu demorava dois dias para achar um livro, mais dois dias para ser atendida por um vendedor de bom-humor e alguns minutos mais para me sentir confortável com a compra.

Lembro-me que, quando soube que a empresa estava fechando as portas, não fiquei chocada. A maioria das vezes em que a visitava, saía de mãos vazias. E olha que dentro dela tinha café, bolo, camisetas, box de séries antigas, computadores e revistas mensais, tudo o que faz a minha vida bem feliz.

Mas não me acolhia. Désolé, FNAC.

Em 2017 tive a oportunidade de passar dois meses em Florianópolis (SC) e conheci um lugar mágico, a começar pelo nome: Fairyland Cupcakes. Lá não era uma livraria, era uma loja de cupcakes e outros doces, mas seu interior era decorado como uma sala de casa muito linda, daquelas bem antigas no meio do campo, com estantes abarrotadas de livros legais.

Me senti tão “em casa” dentro desse ambiente que acho que comi mais cupcakes do que devia. Retornei uma segunda vez, para me despedir, antes de voltar para BH. Quando lembro do pôr-do-sol e do cobertorzinho que eles colocam nas cadeiras para que a gente fique bem confortável, até no frio, a memória torna esse um dos meus lugares preferidos no mundo.

Cada vez que vou a um novo lugar, deixo algo sem ser visitado. É minha desculpa para voltar nesse lugar mais vezes. Em 2009, passei trinta dias em Londres e não fui na Abbey Road, nem na Baker Street. “Um dia voltarei só pra ver isso”, e dois anos depois estava lá, deixando de visitar mais algumas outras coisas pra ter outras desculpas de regresso.

Seguindo essa lógica, ainda em Floripa, deixei de visitar um lugar chamado Books and Beers. Não faço ideia do que seja, se é uma livraria com cervejas, se é um bar com livros, e quando meus amigos foram não perguntei o que era para não estragar a experiência que terei quando voltar à capital catarinense. Porque, com um nome desses, essa tinha que ser minha desculpa de regresso.

Em BH, em 2018, descobri a Livraria da Rua, que fica na região da Savassi, bairro hype da cidade. A livraria tem uma outra proposta, mas é igualmente acolhedora. Quando tive que fazer meu vídeo de quinze segundos para o Clube do Livro da Cosmopolitan para “Ainda Sou Eu”, escolhi fazer lá. Essa propaganda é gratuita e de coração e, se você morar por aqui, não deixe de visitar esse lugar precioso.

Com isso, segue meu segundo palpite pretensioso: quem salvará o mercado livreiro é o ambiente que as livrarias constroem, junto ao atendimento de pessoas que amam livros. Afinal, qualquer leitor ávido vai se divertir entrando em qualquer livraria, mas só voltará se seus sentimentos acerca da literatura forem respeitados e levados em consideração pelo estilo da casa.

Ah, acho que o ambiente acolhedor também é crucial para atrair aqueles que ainda não consideraram fazer da leitura um hobby.

Um leitor que se gaba

Ler é muito divertido.

Se você ainda acha que não, tente ler O Mágico de Oz sem sentir o tornado se aproximando enquanto Dorothy e Totó entram em casa. Te asseguro que, quando ouvir o barulho dos sapatos batendo três vezes, não é o vizinho furando qualquer móvel. É você.

É o lugar para o qual você foi quando abriu o livro. E não há lugar melhor que… desculpe, quase rolou um spoiler.

O Literama gira em torno de mostrar o quanto ler é divertido, e quão divertida fica a vida de quem lê. Parto do pressuposto de que todo livro é uma autoajuda, porque, não importa o tema, ele poderá te ajudar em alguma coisa.

Um leitor que sabe disso e conta para os outros vende muitos livros. Não tantos quanto um link patrocinado, talvez nem um terço do que venderia um/a influenciador/a digital, mas vende. Quem ama a leitura deixa todo mundo curioso com o que a vida pode virar se os outros amarem também.

Só tem um negócio: leitores se gabam do que amam, não do que são obrigados a consumir.

Um amigo foi publicado por uma editora tradicional. Me contou, num papo, que o autor ganha cerca de um real pelo preço de capa dos vendidos, além dos direitos autorais. Achei um desaforo, porque penso em Paulos Coelho e Jojos Moyes ganhando toneladas de dinheiro para escrever um best-seller, mas rapidamente me lembrei que isso aqui não é o país das maravilhas. Nem o diário da Poliana. Nem o Kansas.

Ops.

Ele me disse as palavras que mudariam minha vida para sempre:

– Eles me perguntaram se eu queria comprar trinta mil reais dos meus próprios livros, assim eu teria vendido unidades o suficiente para entrar na lista de best-sellers, e teria espaço de destaque nas livrarias. “O que eu faria com 30 mil reais em livros meus?”, perguntei. “Você pode distribuir em palestras”, eles disseram.

É nesse tipo de diálogo que a casa cai.

Porque aí a gente entende quando entra numa grande livraria e vê todos os livros de YouTubers e atores com menos de 16 anos na coluna dos mais vendidos. Por um lado, me dá alívio saber que pode ser que a maioria daquela gente comprou trinta mil reais de seus próprios livros, e não a população que está achando aquilo o suprassumo das coisas interessantes.

(Aqui vale um parêntese: não defendo que esses livros não possam ser feitos, editados, vendidos ou qualquer outra coisa. Não é meu papel julgar quem deve e quem não deve fazer uma autobiografia ou publicar poemas. Mas, como estou expondo minhas questões pessoais, eu, pessoalmente, não acho interessante lermos a história de vida de adolescentes com nome duplo.)

Ao mesmo tempo, olha o tantão de coisa massa que fica relegada ao fundo da estante das grandes livrarias e para as quais as empresas não dão o devido acolhimento. Se você ainda não parou pra pensar que, talvez, seja os contos de um autor desconhecido o produto que o público quer, certamente não sabe do enorme sucesso que têm as campanhas de livro nas plataformas de crowdfunding.

Tenho meus parâmetros de leitora, você tem os seus, e são eles que nos fazem ficar um pouco envergonhados de sugerir a alguém que vá à livraria X comprar um livro Y: ou o ambiente é estranho, ou não tem atendimento bom, ou os destaques não atraem quem ama literatura. Devia ser o contrário, né? Devia ser:

– Fi, corre na livraria para comprar esse livro que tá espetacular, mas cuidado para não gastar seu salário todo lá porque tem umas edições de capa dura que você não perde por esperar. Ah, quer saber? Vou junto, espera só eu colocar o tênis.

Um leitor apaixonado pelo livreiro (não no sentido romântico) pode não salvá-lo do oceano de problemas do mercado editorial, mas certamente será a pessoa que jogará uma boia.

A Uber

Não, não estou falando de UberBooks como entrega ou algo parecido, apesar de que poderia ser bem legal… estou falando é do modelo de negócios, da gana, da atração, das benesses. De uma boa solução com um planejamento impecável de marketing e uma proposta incrível de lançamento.

Lembra quando o Uber chegou e os taxistas fizeram o maior alvoroço? Esse era o barulho da acuação. “Puxa vida, tenho aqui meu táxi há 50 anos e chega esse fulaninho usando gravata em um carro preto e vai tirar de mim o MEU cliente? Nem a pau, Juvenal”, o trabalhador disse, enquanto o motorista do Uber retrucou “a pau, sim” e o pau, literalmente, quebrou.

Quando a Amazon vem para o Brasil comprando à vista das editoras, enquanto as grandes livrarias ainda fazem consignado, quando dão suporte, dão preço, dão filtros de escolha e falam para o leitor “sinta-se em casa que eu tô aqui pra fazer suas vontades”, ela está, na verdade, desafiando o status quo de um modelo falido.

Que é qual? Aquele dos ambientes nada acolhedores, dos atendentes que não curtem ser livreiros, dos “falsos best-sellers”. Grandes marcas não estão pedindo recuperação judicial porque o consumidor deixou de comprar nelas pra comprar na Amazon, grandes marcas estão pedindo recuperação judicial porque, talvez, só queriam estar na praça para fazer o mês inteiro em um dia de chuva. O passageiro, digo, o leitor, foi só um detalhe.

Vender, vender, vender faz o fluxo de caixa ficar lindo, até que o leitor não veja mais valor em comprar ali porque descobriu algo melhor. Ele tem as respostas, de maneira prática e receptiva, e não vai mais abrir mão disso.

ATÉ QUE, claro, a livraria perceba onde tem que melhorar e melhore; quais investimentos precisa fazer, e invista. Se é o caso de rumar para uma casa antiga no centro da cidade, fazendo uma livrotô (livraria-restô, curtiu o nome?) ou, simplesmente, deixar os funcionários lerem sem precisar comprometer os salários, deixando-os um pouco mais à vontade para papear sobre as obras.

Tem comprador que entra na livraria para pedir o título, agradecer (às vezes, nem isso), pagar e sair fora, mas tem muito comprador, principalmente leitor, que vai chegar lá sem a menor ideia do que será melhor para ele naquele momento. Ter alguém para indicar livros, com paixão, de maneira quase orgástica, é uma puta estratégia para fidelizar clientes.

Sei de livraria que cria até grupos de discussão no WhatsApp. Isso é foda! Isso é se importar o suficiente para seguir o fluxo e ver o que as pessoas estão gostando ou não. Veja que maneira incrível de fazer estoque e equilibrar as contas: ouvir o que o cliente tem a dizer ainda que ele não esteja COMPRANDO.

Perguntar se o ar condicionado está bom e oferecer umas balinhas pode funcionar também.

O mercado editorial

Se você leu até aqui, felicite-se: escrevi tanto quanto escrevo nos e-books dos meus clientes. Você realmente gosta de ler e aprecio a confiança do seu tempo nas minhas palavras.

Quem, por outro lado, não aprecia muito… é o mercado editorial. Sim, as editoras.

Nos últimos anos,até surgiram edições de livros incríveis, com design maravilhoso, capa dura e embalagem diferenciada, que aqueceram meu coraçãozinho. Aquele negócio de não julgar o livro pela capa caiu por terra: você quer julgar e levar todos porque gente, esse livro tá lindo! Não sei se vou ler, mas é objeto de decoração com certeza.

Isso é ótimo, sou grata às editoras por isso.

O que jamais entenderei é porque elas querem continuar sendo um clubinho das mesmas coisas de ontem o tempo todo.

No Brasil, alguém que quer ter a chance de publicar um livro precisa mandar o manuscrito inteiro para a editora. Não basta mandar dois ou três capítulos, para ver se dá caldo; tem que mandar tudo. Anos de trabalho feitos antes de saber se alguém quer pagar por ele.

Depois, todas – TODAS – se eximem de ter que enviar uma resposta ao escritor, mesmo sendo uma negativa. Assim, autores desconhecidos e/ou iniciantes ficam angustiados porque não sabem se algum dia serão publicados. Mal sabem eles que talvez o contrato os sugira comprar milhares de reais da própria obra, mas vou deixar esse detalhe ser surpresa.

Além de não reinventarem formas de acolher novos escritores, que poderiam gerar novos clientes lá no mercado do livro físico, as editoras ainda vendem produtos consignados, o que deve embolorar o fluxo de caixa das livrarias, criar uma confusão danada e deixar as empresas com a corda no pescoço. Algo me diz que é isso que faz com que nomes tradicionais estejam baixando as portas.

As edições maravilhosas dos livros são um bom primeiro passo, mas que tal se as editoras brasileiras descessem um tiquinho do pedestal para conversar com a moçada aqui embaixo? Para valorizar mais os talentos? Para entender qual é a parte delas nesse buraco em que os livreiros estão se metendo?

Desde que nasci quero ser escritora publicada, mas, nos últimos dez anos, não só esse conceito mudou muito na minha cabeça como, também, o próprio mercado consumidor mudou. Se eu passar a vida tentando aprovar um manuscrito nas gigantes editoriais, talvez, se tiver sorte, consiga uma publicação póstuma.

Se, como aspirante a escritora, tento achar novas formas de me tornar real, as editoras também podem fazer um esforço e repensar, de maneira conjunta, o mercado livreiro.

Essas são minhas três mil palavras de impressões sobre a salvação dos livros no Brasil, e gostaria muito de saber o que você acha disso, incluindo minha ideia de livrotô, mas ela não é prioritária. Comente aqui embaixo, me mande um e-mail ou me convide para um café aqui em BH.

Você paga, eu tô meio dura. Gastei tudo em livro no último Natal. ;D

5 Comentários
  1. avatar image
    Iara at 9 de março de 2019 Responder

    Acertou em cheio nas suas considerações!!Eu sou daquelas que se pudesse faria passeata contra o fim de livrarias,bibliotecas,sebos e afins…

  2. avatar image
    Vania Abreu at 9 de março de 2019 Responder

    Entro inúmetas vezes na Leitura e sinto falta de uma dica de um livro que queira ler naquele momento. Rodo as bancas e saio sem comprar. Concordo totalmente com a necessidade de quem trabalhar em livraria deveria gostar de ler. Pode ser contagiante!
    Topo investir na Livraria Retrô!

    1. avatar image
      Lais Menini at 10 de março de 2019 Responder

      Vou te apresentar meu business plan, você vai amar! Hahaha <3

  3. […] até contei sobre minha vontade de fazer um restaurante-livraria. Para mim, tem tudo a ver juntar dois grandes prazeres, que é a comida e a leitura, em um só […]

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